quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Geléia de Tomate da Chef Bia Leitão



O projeto Trivial Entre Amigos já tem adeptos (amigos que se dizem coringas - vagou, eles querem vir) e uma já considerável fila de pretendentes (gente, vamos tentar mesmo receber todos em breve).

Pois bem. Dentre os vários pratos, antes da entradinha, tem sempre um bom couver. Tentamos fazer todos os pães aqui mesmo, temperamos nossa manteiga, fazemos compotas, tudo que está ao nosso alcance. E no último jantar, o do cardápio mediterrâneo, o que fez mais sucesso no couvert foi essa geléia que a Bia preparou.

"Eu comeria um balde."

"Posso ficar só na geléia?."

"Não acredito que é de tomate."


Esses foram alguns dos comentários que a danada da geléia gerou. O fato é que facílima de fazer e realmente é uma delícia, que a Bia divide agora com vocês. (Ela está viajando, então eu fiquei encarregado de comer resto da geléia e postar a receita.)

Geléia de tomate da Bia.

1 kg de tomates sem pele e sem sementes
1 pimenta dedo de moça picada com sementes.
1/2 kg de açúcar
1 pitada generosa de sal
Cascas de 1 limão
Suco de 1 limão
Água mineral


O processo é muito fácil. Corte o tomate pelado e sem sementes em cubos. Se quiser menos apimentado, antes de picar a pimenta, tire as sementes. Tire a casca do limão em pedaços bem grandes, para que fique fácil você retirar da geléia depois. Tente fazer aquele espiral que geralmente se faz com a laranja. A casca do limão libera pectina, o que ajuda a gelificar.

Agora é só misturar tudo numa panela e cubra com água. Leve a fogo bem baixo e deixe cozinhar lentamente até virar uma geléia brilhante. Se o fogo for alto demais, o açúcar vai caramelizar muito cedo, antes do ponto certo. Se necessário colocar mais água até atingir o ponto certo, com bastante brilho (aproximadamente 2 horas no fogo baixo).

Agora é deixar esfriar e se esbaldar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tartar de salmão terra-mar.





Calma, calma. Por mais invencionice que eue faça, ainda não comecei a colocar terra nos pratos. O tartar de salmão é um clássico aqui em casa. Foi um dos primeiros pratos do blog. Acho que quase todos os nossos amigos já provaram, alguns até se arriscaram a fazer e viram como é fácil e gostoso. Uma prima minha veio nos visitar e resolvemos fazer uma edição extra do Trivial Entre Amigos. Nesta versão da entrada, resolvemos colocar ovas de Capelin, uma espécie de “caviar” baratinho, que dá um efeito todo especial ao prato. Elas vêm na versão vermelha e preta. Usei as pretas para dar esse efeito de terra por cima do salmão. Ainda mais com esses brotinhos de coentro “nascendo” por cima. Uma brincadeira visual que se desfaz na hora que você morde. As ovas “explodem” na boca e liberam um suave gosto de mar. Daí o nome do prato. Você pode usar dill (ou endro) em vez de coentro, ou gergelim preto em vez das ovas. O importante é se divertir cozinhando e chamar os amigos para aproveitar.

Ingredientes:

- 300 g de filé de salmão bem fresco
- ¼ de cebola cortada em cubinhos muito pequenos
- 1/2 colher de sopa de coentro bem picado
- Brotos de coentro para decorar
- 1/2 colher de sopa de mostarda Dijon
- 1 colher de sopa de ovas de Capelin.
- Suco de ½ limão
- Suco de 1 maracujá
- Suco de 1 laranja
- 2 colheres de sopa de açúcar
- Sal a gosto

Modo de fazer:

Corte o salmão em cubinhos. Pique a cebola em pedaços muito pequenos (ela deve temperar, mas sem ficar em evidência). Pique bem o coentro. Misture o salmão com uma pitada de sal e mexa. Depois acrescente a cebola, a mostarda e o coentro. Misture bem com uma colher. Cubra com um plástico filme e volte para a geladeira, para não estragar.

Aproveite para fazer o molho. Retire as sementes do maracujá e coloque em um copo. Junte o suco da laranja e mexa bem. Coe e leve o suco a uma frigideira com o açúcar. Misture e deixe reduzir em fogo baixo até que fique uma calda bem grossa. Retire do fogo e reserve.

Um pouco antes de servir, retire da geladeira. No momento exato de servir, coloque o suco do limão e mexa bem, para que o peixe absorva o suco. Se você colocar o limão muito tempo antes, ele vai cozinhar demais o peixe. Prove e corrija o sal se precisar.

Colocar o tartar em um molde retangular (ou dentro de uma embalagem de margarina e depois vire) para firmar no prato. Por cima, esplhe as ovas de Capelin, de forma a ficar uma camada uniforme. Retire o aro e “plante” uns brotinhos de coentro por cima. Decore o prato com o molho e sirva acompanhado de umas torradinhas bem finas e um pouco de chantilly de wasabi.


Faça seu chantilly de wasabi.

A primeira vez que se faz esse chantilly, você se sente um verdadeiro alquimista. Se você bater creme de leite pasteurizado (tem que ser mesmo aquele de garrafinha, o de caixa e o de lata não viram chantilly), o ar incorporado ao creme, criando uma emulsão. O mesmo princípio das claras em neve. Basta adicionar um pouco de wasabi a gosto e você terá um crème mais ou menos picante. Nós usamos aquele wasabi que parece um tubinho de pasta de dentes. Use um batedor de arame para emulsionar até o creme de leite montar. Com um pouco de paciência você consegue. Quem tiver uma batedeira ou mixer de mão, pode usar também.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2º Trivial Entre Amigos e a receita do prato principal.

Esse post vai ser um pouco longo como um jantar entre bons amigos deve ser.

Há duas semanas realizamos o Segundo jantar do Cardápio Mediterrâneo do nosso projeto Trivial Entre Amigos. Dessa vez, convidamos alguns amigos da blogosfera, que também escrevem sobre comida. Blogueiros, foodies, gourmets, a verdade é que rolou uma certa tensão de cozinhar para uma galera que a gente mal conhecia e que está acostumado com tudo do bom e do melhor.

E assim foi. Edu Luz e sua mulher, a Dé, o Veio e a Mi, o Leandro e a Rita, o Alessander Guerra e a Cris, além de nosso grande amigo e padrinho de casamento, Cláudio Quinderé, nos deram a honra de cozinhar para eles. E foi maravilhoso.

Tivemos alguns pequenos contratempos no mise en place (tipo uma máquina de sorvete queimada na véspera), mas deu tudo certinho. Eu, a Bia e a Preta nos divertimos bastante.

Seguem algumas fotinhas do jantar e a receita do prato fenomenal que a Bia preparou para esse cardápio.


Mesa posta pra receber amigos.


Nosso salão


As meninas de Juazeiro


Pão com o levain da Mari Hirata. Gigantesco, crocante por fora e macio por dentro.


No couvert, compota de berinjela. Teve também uma geléia de tomate que foi o hit, mas ficamos devendo a foto.


Primavera Caprese - nosso amuse bouche era uma tulipinha feita de tomate sweet grape com mussarela de búfala Bufalina, folhinha de manjericão, um grissini e pó de azeitonas pretas.


Entrada - degustação de tapas espanholas: huevos con patatas, tortilla de abobrinha, mandioquinha e chorizo espanhol e pan tomaca com jamón pata negra.


Ravióli de pêra e brie em sopa mediterrânea com ragu de lagosta e chips de alho-poró.


Tiramisu moderninho da Bia. Com shot de chocolate belga.


Fetit four, bolo banhado com calda de laranja e sementes de romã.


*Quase todas as fotos foram cedidas pela Cris Paz, ótimo presente. A foto do prato principal foi a Dé, esposa do Edu que nos deu.

Ravióli de pêra e brie em sopa mediterrânea com ragu de lagosta e chips de alho-poró.

Massa
150 g de Farinha de Trigo
150 g de Semolina
3 ovos caipiras
Sal Q.b
1 clara de ovo mais 30 ml de água

Recheio
1 pêra Williams
250 g de queijo brie
25g de manteiga
15g de açúcar

Molho
500 ml de caldo de crustáceos (usei apenas camarão)
50 g de amêndoas laminadas sem cascas e levemente torradas
200 g de Molho de tomate caseiro (só 4 tomates sem pele, cebola, alho, 1 folha de louro, uma pitada de açúcar e uma de sal e água – deixa cozinhar por 1h até obter um molho grosso – se necessário ficar colocando água aos poucos)
Sal e pimenta do reino Q.b.

Lagosta
1kg de lagosta (aprox. 5 rabos grandes)
500ml de caldo de crustáceos
60 g Manteiga
Sal q.b.
Pimenta q.b.

Chips de Alho-poró
2 talos grandes de alho-poró
1 litro de óleo vegetal

Azeite de manjericão
250 ml de azeite
1 maço de manjericão
500 ml de água fervente

Preparo:

Massa:
Prepare a massa. Coloque as farinhas misturadas numa bancada e abra um buraco no meio como um vulcão. Coloque os ovos no centro e o sal e sove bem até obter uma massa lisa e homogênea. Reserve-a envolta num plástico filme e deixe descansar por 1h. Depois abra até mais ou menos a espessura 7 da máquina. Marque os raviólis no formato desejado, passe a mistura de clara com água nas bordas, recheie e feche os raviólis. Cozinhe-os com bastante água e sal somente na hora de servir.

Recheio:
Fatie as peras finamente e corte os pedaços de acordo com o tamanho do seu ravióli. Derreta a manteiga numa frigideira anti-aderente com o açúcar e “cozinhe” levemente as peras. Corte o queijo do tamanho das peras e coloque nos raviólis um pedaço deste e um pedaço da pêra cozida.

Molho:
Bata o caldo, as amêndoas e o molho de tomate num liquidificador. Deixe reduzir em fogo lento até obter um molho espesso. Acerte os temperos e aqueça na hora de servir.

Lagosta:
Cozinhe as lagostas no caldo fervente por cerce de 3 minutos. Retire-as e espere esfriar. Fatie as lagostas em pedaços pequenos e tempere-as com sal e pimenta do reino. Na hora de servir, derreta a manteiga numa frigideira grande e salteie a lagosta rapidamente, só o suficiente para que ela perca o aspecto translúcido e fique totalmente opaca. Sirva imediatamente.

Chips:
Esse pode ser feito com antecedência porque não precisa ir quente ao prato. Corte os talos em pedaços de 5-7 cm e corte na metade no sentido do comprimento. Fatie em julienne asiática (ou seja, BEM fininho) e frite em imersão em óleo não muito quente. O alho-poró deve ficar levemente dourado. Seque-o em papel-toalha.

Azeite:
Coloque as folhas de manjericão numa panela de água fervente por 1 minuto. Escorra as folhas e seque-as bem. Bata no liquidificador o manjericão com o azeite e pronto.

Montagem:
Sirva o molho quente no fundo de um prato. Disponha os raviólis por cima do molho fazendo um círculo. Coloque as lagostas no centro no prato, os chips em cima procurando dar uma certa altura. Regue com um fio de azeite de manjericão e sirva imediatamente.

*seguem as impressões do Edu sobre o jantar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Roberta Sudbrack em casa.






Aos mais afoitos, peço um pouco de calma. Ela não veio à casa. Ainda.

Certa vez assisti ao programa Harmonize do GNT em que ela comentava sobre um dos seus cartões de visita, seu Quiabo defumado e camarão semicozido. No programa, ela contou que descobriu que a baba - principal responsável pela má fama do quiabo, é uma gelatina e pode ser utilizada de várias formas. Inclusive pra fazer o seu aclamado Caviar Vegetal, nome dado às sementes de quiabo defumadas e crocantes que ela obtém “injetando” a gelatina dentro dessas pequenas bolinhas brancas. Prontamente eu imaginei que precisaria de uma parafernália tecnológica pra chegar a esse resultado. Mas a simplicidade da Roberta não combina com essa tecnologia. Sua criatividade é que combina sua cozinha moderna.

Pois bem, na Semana Mesa SP, munida apenas de uma grelha de ferro fundido, azeite e, claro, quiabos, ela desvendou o mistério.

Basta colocar os quiabos em uma grelha de ferro fundido pré-aquecida e jogar umas gotinhas de azeite. O azeite vai soltar fumaça, ajudando a defumá-los. Ela fica virando os quiabos constantemente, até que eles fiquem ligeiramente chamuscados. É aí que se dá a mágica: a baba entra inteira nas sementes, que adquirem um gosto concentrado e defumado delicioso. Palmas pra Roberta Sudbrack.

Em meio a tudo isso, a simpática e carinhosa Roberta Sudbrack ainda arranjou tempo pra conversar comigo.





Ah, explicando o título do post: além de dizer - na minha frente - pra Roberta Malta que jantar no Trivial Entre Amigos era o sonho de consumo dela, a Roberta disse que quer porque quer vir jantar em casa. Inacreditável.


Tem mais: o amigo Vitor Hugo, do Prato Fundo, veio para o evento e tive o prazer de hospedá-lo. e ele passando pela feira e vimos quiabos. No mesmo dia, fizemos juntos o prato.

Segue a receita que foi dada no material que o pessoal do encontro recebeu. Como já tinha sido publicada também no caderno Paladar (Estadão), creio que não há problema em divulgar aqui.


Feito em casa. Simples e muito gostoso.


ROBERTA SUDBRACK
Quiabo defumado em camarão semicozido


8 pessoas
2 horas

Ingredientes

8 filés de quiabo; 20g de sementes de quiabo; 2 filés de tomates bem firmes, sem pele e semente; mistura japonesa de pimentas secas (tipo Shichimi-togarashi); azeite de oliva extravirgem de baixa acidez; 16 camarões grandes e frescos; sal marinho; açúcar refinado; flor de sal; pimenta-do-reino moída na hora

Preparo

Grelhe os quiabos em frigideira quente ou numa grelha até ficarem ligeiramente chamuscados. Para fazer os filés de quiabo abra-os ao meio e retire todas as sementes e fibras. Mantenha os filés e as sementes gelados. Limpe e retire as cascas dos camarões. Branqueie em água fervente com sal, apenas por alguns segundos, até mudar de cor. Mergulhe imediatamente em um banho de água e gelo para parar o cozimento e atingir a textura desejada. Fatie os camarões em uma máquina de cortar frios no sentido do comprimento e em lâminas muito finas. Disponha as lâminas bem esticadas em uma folha de papel manteiga e tempere com sal, açúcar, pimenta-do-reino moída na hora e um fio de azeite de oliva. Recheie os filés de quiabo com as lâminas de camarão e mantenha refrigerado.

Ovas de tomate: Corte os filés de tomate bem gelados em cubos muito pequenos, do tamanho de ovas de salmão. (Eu usei tomates cereja pra o brunoise ficar minusculo.) Mantenha bem gelado. Tempere as sementes de quiabo com sal e um fio de azeite.

Montagem: Disponha no fundo dos pratos um pouco de ovas de tomate, as sementes do quiabo e a pimenta japonesa. Regue delicadamente com azeite de oliva de baixa acidez. Corte os quiabos ao meio e acondicione as duas metades em pé no meio do prato. Finalize com um pouco mais de sementes de quiabo e pedrinhas de flor de sal. Sirva bem gelado.

Shichimi Togarashi, mix de pimentas que dá o toque especial ao prato. Tem na Liberdade.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A primeira vez no GNT a gente nunca esquece.

Um dia nosso grande amigo David ligou e disse: o pessoal do GNT pediu pra mim o contato de vocês.

Ficamos eufóricos...e curiosos pra saber do que se tratava. Alguns dias de ansiedade e eis que hoje a Adriana Penna e a Simone, da Predileta, empresa que gera conteúdo pro GNT, entraram em contato.

Conversaram uns minutos com a Chef Bia Leitão, pediram algumas informações e fotos por e-mail e tá aqui a nossa
participação numa matéria bem legal, que tem tudo a ver com o Trivial Entre Amigos. E o melhor: nós dois intrometidos ao lado de feras como a Lourdes Hernandez e os "Les Amis" Pila Zucca e Demian Figueiredo.

Pena que, por conta do tamanho da matéria, não citaram a Preta, que é parte desse projeto e que tava no
release que mandamos. Mas nós não esquecemos não, viu Pretinha? Beijo e obrigado, sempre.

Valeu David, Adriana e Simone pelo contato e pelo espaço.


Reprodução da matéria. Olha nosso bistrozinho aí, gente.

Se preferir, veja por aqui.

domingo, 11 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nova coluna com a receita do confit.





Ps: Como a temperatura de cada forno é diferente, coloquei na receita que deve-se deixar de 4 a 6 horas no calor mínimo e vigiar para que a gordura nunca ferva. No caso do jantar, regulei o nosso forno pra 60ºC e deixei umas 14h. O confit desmanchava. Fiz isso diminuindo pela metade a saída do gás direto na válvula do botijão e deixando a porta do forno um pouquinho aberta, monitorando com um termômetro de forno. CUIDADO, se você não puder vigiar durante TODO o tempo, não tente isso, pois há risco do forno desligar e vazamento de gás é bem perigoso, crianças.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bem-vindo ao projeto Trivial Entre Amigos.

Esse projeto foi idealizado por mim e a chef Bia Leitão, com quem dividi a cozinha durante bons jantares.

Leo.

No começo, era pura brincadeira. Cozinhar, chamar os amigos – leia-se cobaias – pra provar. E o pior é que eles gostavam. Gostavam tanto que diziam que a gente devia parar de bancar os jantares, almoços (regabofes, em bom cearês) e cobrar pelo “serviço”. A proposta é que recebêssemos pra poder equipar melhor a nossa cozinha.

Relutamos enquanto deu. Eu, inseguro, achando que ninguém ficaria satisfeito de pagar pela nossa comida. Combinei com a Bia que, no começo, seria restrito só a amigos, que não teriam coragem de reclamar, mesmo contribuindo. Nesse último sábado, depois de alguns dias pensando, pesquisando e preparando mise en place, inauguramos o nosso Projeto Trivial Entre Amigos. Tudo feito com muito carinho e com o máximo de profissionalismo que está ao nosso alcance, como os bons amigos merecem. Carinho retribuido na forma de muitos, muitos elogios. Deixou de ser brincadeira, mas ainda é pura diversão.


Ps: Agradeço à Preta por toda a ajuda. E à Bia, meu grande amor e parceira nesse novo sonho. (Também por ter me dado uma dolmã do André Razuk com uma tela lateral, pro calorento aqui.)

Ps2: Agradeço ainda ao próprio André Razuk por ter feito a minha dolmã de última hora. E ainda por cima me reconheceu quando foi entregar, dizendo que lia o Trivial. Gênio.

Ps3: Agradecimento importantíssimo à (ainda) virtual amiga e chef Roberta Sudbrack, que twitticamente arranjou tempo pra uma consultoria pro confit ficar maravilhoso.

--
E foi assim: Maranhão, Aminthas, Marco Aurélio, Panda, Lays, David, Kleyton e Marcela deram o pontapé inicial.


O convite.


Pros amigos.


Couvert: Pães da casa, manteiga aviação temperada com flor de sal e azeite com geléia de gengibre.


Couvert: pães da casa e queijo de cabra boursin temperado com azeite e ervas.


Amuse Bouche: Shot de foie gras, redução de frutas vermelhas e espuma de parmesão.



Entrada: Quiche Alsacienne (Lorraine com cebola) e salada.


Principal: Confit de pato ao porto, purê de dois queijos e telha de gruyère.


Ficamos devendo a foto do Creme brulée e do café com colheres de chocolate amargo. Tiraremos nesse próximo sábado.


Servindo.


Querida Lays e o "imão" Panda.


Kleyton e Marcela após uns vinhos a mais. Reparem que a flor saiu da mesa.


Roda de grandes amigos.


Linha de montagem.


Staff: Leo, Bia e Preta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sobrecoxa de frango ao meunière “gambiarra” com purê de batata

Almocinho simples com o que tinha na geladeira. Em dias de correria pode ser uma ótima opção.


Sobrecoxa de frango ao meunière “gambiarra” com purê de batata

Serve duas pessoas

Ingredientes:

2 batatas
½ xíc. de creme de leite fresco
um punhado de queijo ralado
sal e pimenta do reino moída na hora q.b.
2 sobrecoxas de frango
2 col. de sopa de azeite
4 col. de sopa de manteiga
Tomilho e alecrim q.b.
Meio limão cravo pequeno
1 dente de alho picadinho

Preparo:

Descasque e coloque as batatas para cozinhar com água e sal. Quando estiverem completamente cozidas, amasse-as até virarem um purê (eu prefiro meio rústico, mas caso queira mais fininho, passe por uma peneira). Finalize o purê com metade da manteiga, o queijo ralado e o creme de leite. Acerte o sal e reserve. Tempere as sobrecoxas com sal e pimenta do reino. Aqueça o azeite numa frigideira antiaderente e sele as sobrecoxas até ficarem douradas por todos os lados. Termine a cocção com uns 10 minutinhos em forno médio. Enquanto isso prepare o molho. Pique o alho, o alecrim e o tomilho pequenininhos. Derreta a outra metade da manteiga na mesma frigideira em que o frango foi selado, frite levemente o alho, agregue as ervas e esprema o limão coando as sementes. Acerte o sal e a pimenta. Aqueça, o purê, sirva com as sobrecoxas e regue-as com o molho de manteiga.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Restaurant Week dentro e fora de casa.

Pra quem não sabe, durante essa e a próxima semana (até dia 13/09), São Paulo participa de um grande evento, o Restaurant Week. É quando os melhores restaurantes da cidade fazem menus a preços fixos (R$ 27,50 no almoço e R$ 39 no jantar, + 1 real para doação para a Fundação Ação Criança). Esse ano são mais de 200 casas participantes. Pra quem quiser saber mais: www.restaurantweek.com.br

Reslvi fazer uma receita rápida para almoçar em casa, ao estilo dos restaurantes de Sampa.


Medalhões de filé mignon com redução de vinho tinto e salada com frutas secas.





Para 2 pessoas
Fácil
Pronto em 20 minutos


4 medalhões de file migon
300 ml de vinho tinto
Alface Americana
6 damascos cristalizados
Rúcula
Vinagre de vinto tinto
Azeite
Manteiga
Sal
Pimenta moída na hora

Tempere os filés dos dois lados com sal e pimenta do reino. Aqueça bem uma frigideira e derreta uma colher de sopa rasa de manteiga com um fio de azeite. Doure os filés dos dois lado por aproximadamente 2 minutos para mal passado/ao ponto, ou deixe um pouco mais de tempo para bem passado.

Retire os filés e mantenha aquecidos. Escorra o excesso de gordura da frigideira e jogue o vinto tinto, raspando aquelas manchas que grudaram no fundo (isso chama-se deglaçar ou deglacear) e que são cheias de sabores. Deixe o vinho reduzir até menos da metade.

Lave bem as folhas, tempere com vinagre, sal, azeite e misture com os damascos em cubinhos. Coloque no prato, finalize com um pouco mais de sal (de preferência a PROIBIDA??? flor de sal). Regue os filés com o molho e bom apetite.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novidade da semana: Le Petit Trivial Bistro

Essa é a garagem da minha casa em SP. Reformada para receber amigos e pessoas de bem, é aqui que acontece o Trivial Entre Amigos, evento que faço às vezes para grupos fechados de pessoas.


Bem-vindos





Relíquia





Famíla.





Coisinhas pessoais





Liberdade





Pra criar um clima





Pra ver melhor





Bistro lambe-lambe





Moldura de papéis de presente





Controlando a luz







Agradecimeto Especial: Laís, Panda, Adailma, Alexandre e nossa Ju, a “Preta”, vocês foram fundamentais pra que tudo isso acontecesse. MUITO OBRIGADO.





quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Coluna No 05 - Risoto de Pato com Calda de Laranja

Nada como um bom Risoto.

A palavra “arrozinho”, tradução literal de risotto, não chega à altura desse tradicional prato da região norte da Itália. Do tradicional Risotto Alla Milanese (com açafrão) de 1574 às modernas e criativas adaptações de hoje, este prato se mostra um dos mais versáteis e reconfortantes da culinária, inclusive no Brasil.

Aqui vão dicas preciosas para se fazer um legítimo e delicioso risoto (em português com apenas um “t”):

1- O arroz
Arbóreo, Carnaroli ou Vialone Nano são essenciais. (Alguns chefs fazem até com Basmati.) Mas se for arroz comum, você terá um belo arroz de alguma coisa, não um risoto. Esses grãos especiais são menores e soltam mais amido, o que dá a “liga” que deixa o risoto cremoso.

2- O caldo.
Sempre que puder, faça o caldo de carne, de legumes, de peixe, de frango e de crustáceos. Faz toda a diferença. Aqueles caldos em tabletes, só em último caso.

3- O Vinho certo
Como diz o Jamie Oliver, “o da garrafa azul não”. Nem precisa ser um vinho caro, mas o vinho branco precisa ser decente e SECO. Ele é o primeiro líquido que entra em contato com o arroz. Seu prato merece bons ingredientes.

4- O ponto certo
Fazer o risoto perfeito requer carinho e paciência. O caldo tem que ser adicionado concha a concha, sem nunca parar de mexer. Quando o líquido é todo absorvido, adicione a próxima concha. Prove sempre e desligue o fogo quando o arroz ainda estiver al dente, resistindo um pouco à mordida. É isso mesmo, num legítimo risoto o arroz fica ‘meio durinho’. Nada pior do que um risoto passado, afinal quem gosta de papinha é criança.

Dito isso, se bateu aquela fome de um bom risotinho, corra para o supermercado, compre os ingredientes que a sua criatividade mandar e boa refeição.



Risoto de Pato com Calda de Laranja



Serve 6 pessoas

Ingredientes:

60 ml de azeite de oliva
2 magrets de pato
1,5 l de caldo de carne concentrado (de preferência caseiro e sem sal)
1 cebola pequena cortada em cubos pequenos
6 xícaras de café de arroz arbóreo
200 ml de vinho branco seco
120 g de queijo parmesão de boa qualidade
80 gramas de manteiga sem sal
Sal e pimenta do reino
Calda:
450 ml de suco de laranja
½ xícara de açúcar cristal
100 ml de caldo de carne

Preparo:

Prepare a calda. Misture os ingredientes e deixe reduzir até engrossar um pouco e virar uma calda e reserve. Tempere o pato com sal e pimenta do reino moída na hora. Aqueça metade do azeite numa frigideira antiaderente e sele o pato dos dois lados até ficar dourado. Fatie o magret em tiras finas e reserve. Aqueça o caldo e deixe em fogo brando. Numa panela funda, aqueça o azeite e coloque a cebola. Quando esta estiver translúcida, coloque o arroz e misture bem. Deixe o arroz fritar um pouco e agregue o vinho e mexa sempre até reduzir. Sempre mexendo, vá agregando conchas de caldo uma a uma e deixando quase secar, repita a operação até que arroz esteja quase cozido. Agregue o pato e misture. Quando o arroz estiver “al dente”, finalize o risoto colocando o queijo e mexendo vigorosamente. Coloque a manteiga e tampe por 5 minutos ou até que ela derreta por completo, mexa bem e sirva imediatamente, adicionando a calda de laranja nas bordas do risoto.






* Piada interna dos amigos de Fortaleza
**(Vide Youtube- Betina Botox 2 - Terça Insana)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mais tapas espanholas

Tortillas de abobrinha e camarão.



Nível – Fácil
Rendimento: 4 pessoas


Ingredientes
1 abobrinha grande
½ cebola grande em cubinhos
3 ovos
300g de camarão descascado
100 ml de creme de leite fresco
500 ml de caldo de camarão
Azeite extra virgem
Sal
Pimenta do reino a gosto



Limpe os camarões. Coloque o caldo pra ferver, temperado com sal. Branqueie os camarões por 20 segundos no caldo fervente e retire.

Lave a abobrinha, raspe a casca com uma faca e corte ao meio no sentido do comprimento. Com uma colher, retire as sementes e fatie (perpendiculamente) a abobrinha em fatias bem finas. Cozinhe por uns 5 minutos no caldo de camarão salgado, para dar gosto. Retire enquanto ainda estiverem “crocantes”. Refogue as ceboas e as abobrinhas já escorridas. Tempere com sal e pimenta do reino.

Misture os 3 ovos, o creme de leite, tempere com sal e pimenta do reino e bata rapidamente com um garfo, até ficar homogêneo.

Unte bem uma frigideira (de peferência com um pincel) com azeite. Coloque um pouquinho da mistura de ovos e depois cubra o fundo com os camarões, lado a lado. Faça uma camada grossa com a mistura de abobrinhas e coloque mais um pouco da mistura de ovos e tampe. Deixe até que tudo desprenda do fundo da panela e a parte de cima não esteja mais liquida, ao balançar. Agora “escorra” a tortilha para dentro da tampa da panela, para virar dentro da frigideira novamente. Deixe endurecer do outro lado e agora é só cortar em quadradinhos e servir, regado por um bom azeite.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Camarão em molho de moqueca, arroz de castanha de caju e farofa de maracujá. Isso é Brasil.

Fiz esse almoço para minha mãe durante as férias de julho em Fortaleza. Vale a pena testar.





Nível: médio
Rendimento: 3 pessoas



Ingredientes
1kg camarões rosa gigantes (aprox. 15 camarões)
2 cebolas grandes
1 col. sopa de pimentão amarelo picado
1 col. sopa de pimentão vermelho picado
1 col. sopa de Pimentão verde picado
4 colheres sopa de castanhas de caju
1 colher de sopa de salsa picada
2 dentes de alho
1 cenoura
1 talo de alho poró
2 folhas de louro
1 dose de cachaça
Óleo de canola
Azeite
Azeite de dendê
Leite de coco
Margarina
Farinha de mandioca
Suco de 2 maracujás sem sementes
Castanha de caju quebrada
Arroz branco cozido soltinho.
Sal
Pimenta do Reino




Arroz de Castanhas
Arroz refogado no óleo, água (duas medidas de água para uma de arroz), sal. Cozinhe semi-tampado, quando secar, desligue o fogo e mantenha tampado por mais alguns minutos. Solte com um garfo e ele ficará soltinho. Quebre as castanhas de caju enroladas num pano com um rolo de macarrão e acrescente ao arroz.


Farofa de maracujá.
Coloque o suco de maracujá numa panela, e acrescente 4 colheres de sopa de margarina e deixe derreter, misturando ao suco. Jogue 300g de farinha de mandioca e misture bem, até ficar sequinha. Corrija o sal, pimenta do reino e reserve.

Camarões
Quando descascar os camarões, deixe a pontinha da cauda. Depois, com uma faca bem afiada, faça um corte raso nas costas do camarão, para tirar o fio preto que passa nessa região (tubo digestivo). Tempere com sal e pimenta do reino.


Caldo de camarão.
Junte numa panela: 1,5 litro de água, as cascas e as cabeças dos camarões, 1 cebola em cubinhos, 1 dente de alho, a cenoura em cubinhos, o alho poró (higienizado) em rodelinhas e as folhas de louro. Deixe ferver em fogo baixo por aproximadamente 2 horas e coe. Reduza até ter meio litro de caldo bem concentrado. Separe 200ml e congele o resto para outras receitas.

Molho de moqueca.
Aqueça 1 colher de sopa de azeite de dendê. Refogue 1 cebola picada, 1 dente alho picado e depois acrescente os pimentões. Junte 200 ml do caldo de camarão concentrado e 50 ml de leite de coco e deixe ferver. Tempere com sal e pimenta do reino.

Aqueça uma frigideira, acrescente o azeite e salteie rapidamente os camarões, sem cozinhar demais. Jogue a dose de cachaça e flambe. Jogue salsinha picada por cima.



Agora é só servir os camarões com o molho de moqueca por cima, o arroz e a farofa. Bom apetite.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ponte gastronômica Argentina- França. Chorizo, batatas chips e molho de mostarda.




Vi este prato no programa Menu Confiança do GNT e soube na hora que queria fazê-lo. O Claude quase inaugurou o ano da Argentina na França, heheh.

Meu amigo Jaime, cozinheiro de mão cheia que acaba de comprar um George Foreman Grill e já sabe até o que é refogar, prometeu fazer em casa e mandar uma foto. Brilha Jaime.


Nível: fácil
Rendimento: 4 pessoas



Ingredientes
500g de bife de chorizo (contra filé)
2 ou 3 batatas médias
Mostarda dijon l’ancienne
1 cebola grande
2 dentes de alho
1 taça de vinho branco seco
200ml de Creme de leite
Sal
Pimenta do Reino
Tomilho
Alecrim


Coloque as batatas no congelador por meia hora e descasque ainda geladas. Corte-as ao meio no sentido longitudinal (comprido) e guarde em água gelada. Aqueça óleo suficiente pra fritar em imersão a 180˚C e com uma mandolina (ralador), vá ralando a batata na hora, em cima da panela de óleo quente. Retire quando dourar e seque em papel toalha. Tempere com sal e um pouquinho de pimenta do reino.

Compre um pedaço de bife de chorizo (o corte argentino do contra filé, 500g) com uma capa media de gordura. Faça cortes diagonais criando um “xadrez” na gordura, mas sem chegar até a carne, para que os temperos e o calor penetrem na carne. Tempere com sal, pimenta do reino e esfregue com alecrim e tomilho picados.


Agora é só aquecer bem uma bistequeira/grelha e dourar uns 2 minutos em cada lado, selando a carne em todos os lados.


Corte uma cebola em cubos e refogue na gordura que se soltou da carne assadeira. Agora coloque tudo numa travessa junto com um dente de alho picado e leve ao forno por 10 ou 12 minutos. Retire a carne e deixe esfriar. Aproveite para jogar 1 taça de vinho branco seco na assadeira e raspe o fundo com uma colher de pau ou de silicone, para retirar as “casquinhas” grudadas, que vão dar mais sabor a molho (este processo chama-se deglaçar ou deglacear.) Acrescente 2 colheres de mostarda dijon l’ancienne (com grãos), o creme de leite e mexa bem. Deixe reduzir um pouco e o molho está pronto.

Agora que a carne descansou e redestribuiu seu suco, corte em tiras de 2 ou 3 cm de largura. A carne vai estar crua no meio. Tempere com sal dos dois lados e bolte para a bistequeira quente por 30/40 segundos de cada lado, deixando ainda rosadinho por dentro.

Coloque o chorizo sobre as batatas chips e regue tudo com o molho.

Um bom tinto argentino pra completar o clima e bom apetite.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ceviche de Robalo




Ceviche de Robalo

Serve 8 pessoas

400 g de filé de robalo sem pele
1 pimentão amarelo
1 cebola roxa grande
2 tomates médios
Suco de três limões tahiti
Gotas de Tabasco
Um fio de azeite
Salsa, coentro e cebolinha (o quanto baste)

Preparo:

Corte o peixe, o pimentão, os tomates e a cebola em julienne. (tirinhas finas) e misture tudo. Pique as ervas finamentes, até quase virarem um pó. Vinte e cinco minutos antes de servir, agregue o suco de limão, o tabasco, o azeite e as ervas na mistura de peixe. Passado o tempo, sirva acompanhado de pães e/ou tortillas maxicanas (totopos).